\ Clinaura Macêdo - Livro:OSTNCS
MEMORIAL

ORQUESTRA SINFÔNICA DO TEATRO NACIONAL CLÁUDIO SANTORO

NÚMERO DE PÁGINAS 156
ANO DE EMISSÃO 2009

“Memorial” é um Documento Histórico sobre nossa orquestra, contendo todos os concertos cujos comprovantes consegui compilar tendo como fonte principal e mais completa o acervo de Beth Ernest Dias. Registro também a colaboração de Josué Ferreira da Costa Filho, nosso arquivista, que me deu acesso ao arquivo da nossa orquestra. O leitor encontrará no “Memorial” comentários que incluem desde a volta do Maestro Claudio Santoro para Brasília, para a fundação da orquestra. É um documento de uma era que vai da organização da orquestra até o início de sua quarta década. E, para cada direção, um texto comentando sobre a marca que o maestro titular daquele período nos deixou, incluindo um quadro com o contexto político da época, proporcionando ao leitor estabelecer uma relação entre a política vigente e a consistência da programação da orquestra.

QUADRO DA ORQUESTRA em março de 1979: 57 músicos, 1 inspetor e 1 arquivista. Este quadro está detalhado na página 19 do Memorial.

QUADRO ATUAL: 90 músicos.

Comentário sobre o livro

“O memorial é mais do que uma coleção de dados”.

`Dotar a cidade de um corpo sinfônico era o sonho de músicos que para aqui vieram em busca de realização profissional e o anseio de jovens em busca de crescimento e amadurecimento musical.Como narra a autora, Cláudio Santoro e Levino de Alcântara, foram as duas personalidades da vida musical brasileira, que, juntos, deram o máximo de sua energia criativa para que isso acontecesse, e em 6 de março de 1979, a orquestra fazia a sua primeira apresentação na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional de Brasília, sob a regência de Cláudio Santoro. O sonho se materializou um ano depois, em 1 de maio de 1980, com a assinatura do decreto governamental que criou e tornou oficial a OSTN, Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional.

No ano de seu septuagésimo aniversário, Santoro faleceu, vítima de um fulminante infarto. O Maestro tombou por cima de seus músicos durante um ensaio da orquestra na sala Villa-Lobos. Era o dia 27 de março de 1989. Em 2024 Cláudio Franco de Sá Santoro estaria completando 105 anos de idade. Por sua vez, a nossa orquestra comemora esse ano 45 anos de vida.

Durante os anos em que toquei na orquestra, guardei os programas e recortes de jornais dos nossos concertos. Clinaura diz que fiz isso por amor. Não sei se concordo com ela. Acho que guardei mais pelo impulso de juntar papéis. Amor de verdade foi o que ela demonstrou ao transformar os meus guardados nesse importante e imprescindível Memorial da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro. Clinaura selecionou, organizou e transcreveu todo o material em ordem cronológica. Classificou as fases da vida musical da orquestra por períodos históricos e pelos períodos dos regentes que estiveram à frente dos músicos empunhando suas batutas.

Não satisfeita, discorreu sobre cada um dos nossos maestros e ainda escreveu sobre a cena cultural e política de cada um desses períodos. Resultou num trabalho completo, um verdadeiro documento que se mostrará útil a todos aqueles que se interessam pela pulsante vida da capital do país.

O memorial escrito por Clinaura é mais do que uma coleção de dados. Nele estão contidas também as lembranças afetivas e a memória das alegrias, das tristezas e dos traumas vivenciados pelos músicos, regentes e membros da equipe técnica que a integraram nos seus primeiros anos de existência.

Convido os leitores, sejam eles pesquisadores ou não, a percorrerem as páginas desse Memorial para tomarem conhecimento da trajetória da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro, a orquestra oficial de Brasília.

Maria Elisabeth Ernest Dias
Flautista Atuou na OSTNCS de 1979 a 2010

Galeria de Fotos

A PRIMEIRA VIAGEM DA ORQUESTRA